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Arquitetos: Romera y Ruiz Arquitectos
- Área: 898 m²
- Ano: 2007
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Fotografias:Simón García
Descrição enviada pela equipe de projeto. As casas inscritas, com seus limites pequenos, foram pensadas e construídas como microcosmos. O termo inscrito, tomado da geometria, nos induziu ao encontro de novas qualidades. A concretização à qual nos submetem os limites irregulares e quebradas das empenas, longe de percebê-las como qualidade negativa, nos realça formas e corpos. Os conferindo a qualidade de ilimitados e, como consequência, os tornando infinitamente manipuláveis no interior.
Espaços discretos, onde edifício e usuário estabelecem relações dialéticas que resultam na criação de infinitos espaços fronteiriços sequenciais. Estes reproduzem a continuidade do percurso nos permitindo desfrutar de três pátios, que filtram a luz natural gerando outras matizes: tons azuis, ocres e verdes. Ambientes quase monocromáticos. As relações diagonais entre os espaços comuns nos oferecem recortes do céu e fragmentos gerados pelo vento, iluminação e ventilação natural.
Cada elemento representa um papel determinado e significativo. Desde a rua até a estância mais profunda, podemos passar por saguões, pátios, corredores, passarelas e aberturas. Casas telescópicas, inscritas umas nas outras. Criou-se um diálogo para formalizar as tensões encontradas: entre linhas e espessura; entre olhares interiores e tangências exteriores. O que nos permite desenhar uma sequência vertical de quebras, planos onde correm a luz, sombras mais expressivas ao longo do dia. Convertemos a única fachada aparente num jogo em mudanças. Simples origami, dobras e desdobras. Os usuários, segundo suas necessidades ou costumes, conformarão a imagem à rua, dentro das possibilidades deste jogo proposto.